sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Alckmin cumpre apenas metade da meta de limpeza do Tietê

Segundo notícia publicada no site do governo do Estado, em março deste ano, o governador Geraldo Alckmin anunciou novas obras de desassoreamento do Rio Tietê e afirmou retirar do leito 2,7 milhões de m³ de sedimentos, dos quais 2,1 milhões de m³ ainda em 2011.

No entanto, pelo que foi constatado pelo Sigeo – Sistema de Acompanhamento da Execução do Orçamento, em 15 de novembro, provavelmente até o fim do ano o governo executará pouco mais da metade anunciado, ou seja, 1,1 milhão m³.

A análise foi realizada com base no valor previsto no edital da licitação, por m³ e comparou os recursos financeiros destinados às empresas responsáveis pelos serviços. Os novos contratos para a Calha do Tietê alcançam aproximadamente 470 mil metros cúbicos de dejetos a serem retirados, que somados a mais 566 mil m³ retirados da Barragem da Penha até Guarulhos chegaria a pouco mais de 1 milhão de m³ a serem retirados do rio.

Ainda de acordo com os dados governamentais, as obras poderiam beneficiar diretamente o centro de Guarulhos e os bairros de Vila Augusta, Macedo, Gupouva, Tranquilidade, Picanço, Vila Rio, Bela Vista, Cocaia, Monte Camelo, Vila Barros, São Roque e Itapegica. Além de reduzir o risco de alagamento das marginaisNo verão passado seis pessoas morreram na capital, vítimas dos alagamentos, além dos inúmeros transtornos causados à população por conta das enchentes.

Em junho deste ano o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos Edson Giriboni foi questionado pelos deputados José Zico Prado, que preside a Comissão de Infraestrutura da Assembleia e o líder da Bancada Enio Tatto, sobre a execução das obras de combate às enchentes.

Na ocasião Enio apontou a suspeita de duplicidade de contratos para as obras de desassoreamento da Calha do Tietê, o que foi contestado por Giriboni que justificou o lento ritmo das obras, à fatores orçamentários e burocráticos, mas confirmou o calendário das obras.

Serra paralisou por três anos a limpeza do Rio

Sob o comando do ex- governador José Serra o Rio houve por três anos a suspensão da limpeza da Calha do Rio Tietê em São Paulo, de 2006 a meados de 2008. O governo estadual admitiu que o desassoreamento do leito ficou parado no período, o que é apontado como uma possível causa dos alagamentos do rio. Provocado pelos deputados petistas Simão Pedro e Rui Falcão, o Ministério Público Estadual abriu em março deste ano um inquérito para averiguar as responsabilidades pela suspensão dos trabalhos de limpeza do rio.

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